Grupo é pioneiro no Brasil nesse tipo de assistência. Iniciado no DF, o Ninar hoje atende pessoas em todo o Brasil. Nova turma começa dia 13 de março.

Os brasileiros estão cada vez mais convivendo com animais em suas casas. Dados recentes do Instituto Pet Brasil (IPB) apontam que, em 2021, existiam cerca de 150 milhões de animais de estimação no Brasil. Tendências apontam que esse número deve ser maior nos dias atuais.

Com a mudança na configuração das famílias brasileiras, seja com um número mais reduzido da prole ou pessoas que optam por não ter filhos, as pessoas estão estabelecendo relações cada vez mais fortes com seus bichinhos. E um momento que causa tanta dor é quando acontece a partida deles.

Diante disso, a atenção para o luto de tutores de animais tem aumentado. Quando não trabalhado, sem acompanhamento psicológico e sem rede de apoio, o luto pode evoluir para doenças como depressão e crise do pânico, além de impactos também na saúde física da pessoa.

Kadydja Albuquerque, idealizadora do projeto Ninar, que oferece apoio a tutores em luto, sentiu isso na pele quando a sua gatinha Nina faleceu aos 10 anos por conta de um câncer gastrointestinal. “Foi um processo muito solitário. As pessoas tendem a diminuir a importância do luto por um animal de estimação. E, por isso, muitas pessoas acham que a compaixão pela pessoa enlutada tem hora pra acabar. Acham que o animal pode ser facilmente substituído. Quando percebi isso, eu decidi ressignificar a minha dor criando um grupo para que outras pessoas pudessem ser acolhidas. Quando o luto é subestimado, a dor é maior e é mais difícil passar pelo processo”, conta.

Surgido inicialmente no DF em 2017, o Ninar promovia palestras mensais sobre luto e outros temas sensíveis como Eutanásia e Tratamento de Câncer em Animais. Com a pandemia, surgiu a necessidade de continuar com os eventos, porém no formato online.

“Eu e a Socorro Lima, a psicóloga que me acompanha nas sessões, tínhamos uma vontade de mudar a metodologia do grupo, porque achávamos que uma palestra de 1 hora abria pouco espaço para a fala e a escuta. Então, criamos o grupo terapêutico com a promessa de ficar mais tempo com os tutores”, explica Kadydja.

Como funciona o grupo

A 8ª turma do Ninar está com inscrições abertas e começa no dia 13 de março com reuniões de 1 hora e meia em ambiente virtual. Durante 4 sessões (sempre às quartas-feiras), Kadydja e a psicóloga Socorro Lima, que trabalha em hospital veterinário dando suporte a tutores em luto, promovem um ambiente de acolhimento e partilha usando a metodologia da Psicoterapia Breve.

As vagas são limitadas. Em cada turma, apenas 20 pessoas podem participar para que todos possam dividir seus momentos. A participação nos 4 encontros tem uma contribuição simbólica de R$ 35. Todo o valor é destinado a projetos de proteção animal de escolha dos participantes.

“Quem já passou por isso sabe o quanto é um processo doloroso e solitário. Nem sempre recebemos o apoio dos familiares e dos amigos, e acabamos sentindo vergonha de sofrer tanto pela morte do animal. No grupo, sempre lembramos que essa dor é real e é possível, sim, ressignificá-la”, finaliza Kadydja.

Para se inscrever na próxima turma do Ninar, acesse este link: Link

Mais informações pelo instagram gruponinarpet e pelo número (61) 98277-8382.

SOBRE o Ninar – Grupo de Apoio a Tutores de Animais

Criado em 2017, o Ninar é um grupo de apoio a tutores de animais, cujo principal objetivo é promover o acolhimento de tutores em luto ou em situações sensíveis em relação aos seus animais, unindo tutores a profissionais como psicólogos e médicos veterinários. Ao longo desses quase 7 anos, o Ninar já realizou mais de 20 palestras presenciais, lives e grupos terapêuticos, além de ter criado uma rede de proteção animal, ajudando e criando campanhas de adoção e de doações para causas animais. Acesse nosso instagram: Link

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